O universo das tecnologias parece estar constantemente em ebulição, e dessa vez não foi diferente.
Recentemente, veio à tona uma informação que mexeu com as estruturas da relação entre duas gigantes: Google e Apple.
Se você é usuário de algum dispositivo da Apple, como iPhone, iPad ou MacBook, certamente essa notícia vai te interessar.
Como o Google se tornou o buscador padrão da Apple?
Sabemos que o Google é o rei dos buscadores na internet, mas você já se perguntou como ele se tornou o padrão nos navegadores da Apple, como o Safari? A resposta pode te surpreender.
Em 2022, o Google desembolsou uma quantia astronômica de US$ 20 bilhões para garantir que suas pesquisas fossem o destino de todas as buscas realizadas nos dispositivos da Apple.
Agora, pense comigo: US$ 20 bilhões é uma quantia que faz qualquer um piscar os olhos, não é mesmo?
Mas essa transação não foi apenas um gasto extravagante. Na verdade, foi um investimento estratégico para ambas as partes.
Enquanto o Google garante sua posição como líder de buscas, a Apple não fica para trás, lucrando cerca de 17% da sua receita operacional com esse acordo.
Por que isso está causando alvoroço?
Acontece que esses detalhes todos vieram à tona por conta de um processo movido pelo Departamento de Justiça dos EUA, que investiga práticas anticompetitivas do Google visando monopolizar o mercado de buscas.
E a revelação desses números bilionários certamente não passou despercebida.
A história desse acordo entre Google e Apple tem lá seus capítulos curiosos. Inicialmente firmado lá em 2002, o acordo não envolvia transações financeiras, apenas o uso do buscador nos dispositivos da Apple. Foi somente nos últimos anos que a parceria passou a incluir cifras tão expressivas.
E olha que não foi por falta de tentativas de concorrentes.
A Microsoft, por exemplo, ofereceu generosos 90% da sua receita para que o Bing se tornasse o buscador padrão no Safari. Mas, como dizem, “quem ri por último, ri melhor”. E, nesse caso, o riso parece ter sido do Google e da Apple, que mantiveram sua união intacta.
No entanto, nem tudo são flores nesse jardim digital. O Departamento de Justiça dos EUA está de olho, alegando que o Google tem usado táticas anticompetitivas para dominar o mercado de buscas online, incluindo seu acordo com a Apple nesse contexto.
E agora? O que esperar dos próximos episódios dessa saga?
Advogados, procuradores e defensores da Alphabet, empresa-mãe do Google, estão prestes a apresentar seus argumentos finais. E uma decisão do tribunal do Distrito de Columbia pode estar a caminho, possivelmente nos próximos meses.
Se o Google for considerado culpado de práticas anticompetitivas, as consequências podem ser sérias, desde a revisão dos seus contratos até mesmo a possibilidade de ser desmembrado, separando suas operações de busca e publicidade online.
Portanto, enquanto aguardamos os desdobramentos desse embate entre titãs da tecnologia, fica claro que os bastidores do mundo digital são tão complexos quanto as linhas de código que o compõem.